O ex-presidente Lula (PT) teve suas condenações anuladas com um único propósito: derrotar Bolsonaro em 2022. Em desespero por falta de alternativas, o sistema recorreu ao único nome que tinha e aproveitou o momento de distração do povo com a Pandemia para destruir a Operação Lava-jato.
A direita já mostrou que tem uma força orgânica que independentemente de qualquer liderança central para ir às ruas e fazer pressão política. Lula sentirá essa força quando aparecer como candidato e, caso vença, vai ter a oposição mais ferrenha que já viu na vida. Além disso, um novo elemento precisa ser adicionado à conta, os caminhoneiros.
Após as manifestações do 7 de setembro, os caminhoneiros fizeram paralisações na maioria dos estados do Brasil em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. O movimento não precisou de uma liderança ou de ordem, foi totalmente espontâneo.
A paralisação só diminuiu a pedido do presidente da República, que não quer atingir a economia brasileira. Não é difícil de imaginar que mobilizações de caminhoneiros podem parar o país em protesto contra Lula caso ele seja eleito, o que seria devastador para o país como um todo e encurtaria a estadia do petista em Brasília.
Sem dúvidas, a situação que Lula encontraria em 2023 ao assumir a Presidência da República seria muito diferente da que encontrou em 2003. Nos dois mandatos que teve, Lula só sofreu uma oposição mais forte do PFL/DEM, pois o PSDB tinha uma relação quase fraternal com o PT, ainda que não fosse recíproca. Em 2023, Lula encontraria uma direita volumosa, engajada e capaz de parar o país para pedir o seu impeachment.
Caso vença em 2022, Lula já assumirá a Presidência com os dias contados.
Escrito por Diego
Lagedo/PEP