FRAUDES - Suspeitas de ciberespionagem russa a deputados alemães | Brasil - Interferências nas Eleições de 2018


O ministério público federal alemão anunciou nesta quinta-feira 9, a abertura de um inquérito por presumível ciberespionagem de deputados do Bundestag (parlamento federal) a algumas semanas das eleições legislativas, cujos autores Berlim suspeita que sejam os serviços secretos russos.

"Posso confirmar que abrimos um inquérito sobre uma suspeita de atividade de serviços de informações estrangeiros", disse um porta-voz do ministério público federal, citado pela agência francesa AFP, quando questionado sobre acusações apresentadas no início desta semana pelo governo alemão contra os serviços secretos russos relativamente a ataques de "phishing" visando deputados alemães.

Uma porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão criticou então severamente tentativas russas de influenciar as eleições legislativas de 26 de setembro próximo, na sequência das quais a chanceler alemã, Angela Merkel, abandonará o poder após 16 anos no cargo.

As autoridades alemãs apontaram o dedo aos serviços secretos militares russos (GRU), responsáveis, sustentaram, pelos ataques visando particularmente os conservadores do Governo (CDU e CSU) e os seus parceiros de coligação, o Partido Social-Democrata (SPD).

Durante meses, piratas informáticos da "Operação Ghostwriter", orquestrada pelo GRU, tentaram aceder às contas de e-mail privadas de deputados nacionais e regionais, conseguindo piratear algumas. Um caso revelado pela revista Der Spiegel em março.

Os hackers teriam imitado os endereços de e-mail de pessoas em quem os deputados confiavam para melhor conseguir enganá-los, com o objetivo de obter acesso ilimitado à respectiva correspondência e espionar os principais decisores do país.

Na Alemanha, os casos de espionagem em que é apontada responsabilidade ao Kremlin já se registam há muitos anos e surgem apesar da política de diálogo e cooperação com Moscovo que Angela Merkel tem seguido, contra tudo e contra todos, durante os seus anos na chefia do Governo, mesmo que isso tenha envenenado as relações entre a Alemanha e os Estados Unidos.

Hackers russos tentam interferir nas eleições de 2018 no Brasil, diz empresa de cibersegurança. Caso foi descoberto no fim de setembro e a ação continua, afirma empresa especialista em cibersegurança.

Hackers russos tentaram interferir nas eleições brasileiras usando as redes sociais para insuflar artificialmente debates que questionam a democracia no país e outros temas temas ligados à disputa presidencial.

O caso encontrado pela FireEye está ligado ao braço brasileiro do grupo Anonymous que se identifica como @anonopsbrazil e que lançou uma campanha no Twitter com a hashtag #OpEleiçãoContraOFascismo".

"Temos visto atividades de bots russos no Twitter e em outras plataformas ligadas aos debates presidenciais e outros temas ligados a eleição", disse a especialista em segurança cibernética, Cristiana Kittner.

"Se é uma pessoa que se informa pelas redes sociais e vê isso, pode ser influenciado. Não é que eles [a Rússia] interfira diretamente nas eleições, mas jogam com sua vulnerabilidade". O objetivo, assim, é questionar o próprio sistema eleitoral brasileiro e "perturbar a democracia", diz a responsável da FireEye.

ATENÇÃO! Os mesmos hackers podem agir nas próximas eleições de 2022. Fica o alerta para as autoridades brasileiras.

📷 Fotomontagem: Geilson Souto
DN

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