Em sua nona reunião a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, realizou nesta quinta-feira (02) mais uma oitiva.
Dessa vez foram ouvidos Paulo Ricardo Leão Ansel – sócio
administrador da empresa Leão Serviço e Comércio, em substituição à Thássila
Karen dos Santos Bezerra, que foi interrogado sobre a contratação de EPIs
(sapatilhas, toucas e avental) e Antônio Marques Rodrigues Alves, em
substituição a Kaliny Chrys da Silva Matos, da empresa D-OXXI Nordeste, que foi
questionado sobre a aquisição de teste Swab e reagentes para o Laboratório
Central de Saúde Pública do RN (LACEN).
Já no início dos
trabalhos, o presidente da CPI, deputado estadual Kelps Lima (SDD), informou a
deliberação dos membros da CPI que a testemunha Thássila Karen dos Santos
Bezerra, substituída na tarde de hoje pelo depoente não será dispensada da
oitiva, marcada para a próxima quarta-feira (08).
"Agradecemos a
presença dos senhores Paulo Ricardo Leão Ansel que mesmo arrolado como investigado,
hoje falou como testemunha, e de Antônio Marques Rodrigues Alves, em
substituição as convocadas Thássila Karen dos Santos Bezerra e Kaliny Chrys da
Silva Matos. Mas não abriremos mão do depoimento da senhora Thássila Karen dos
Santos Bezerra nesta comissão", explicou Kelps Lima.
Em depoimento Paulo
Ricardo Leão Ansel, primeira testemunha a ser ouvida na tarde desta
quinta-feira, negou qualquer envolvimento com ilegalidades, possibilidade de
superfaturamento e outras denúncias sobre a venda de produtos ao Governo do
Estado. "É preciso lembrar que tudo aumentou de preço no auge da pandemia.
A variação de valores em determinados produtos passou a ser algo normal devido
à falta destes no mercado e até nas fábricas", disse o depoente.
Sobre a divergência
das sapatilhas compradas com gramatura 50 e entregues de gramatura 30, o
depoente informou que o produto chegou na primeira remessa como estabelecia o
pedido e que diante da falta deste com gramatura 50 no mercado, foi enviado as
sapatilhas de gramatura 30, informações questionadas pelos membros da CPI que
em vários momentos da reunião reiteraram a importância dos convidados falarem a
verdade. "Reforço essas informações por entender que pior que julgar um
culpado é condenar um inocente", disse Kelps Lima.
Dando sequência as
oitavas, os deputados estaduais ouviram Antônio Marques Rodrigues Alves, sócio
da empresa D-OXXI Nordeste, no mercado há 25 anos, com sede em Natal, em
substituição a Kaliny Chrys da Silva Matos. Indagado sobre a diferença de
valores entre as empresas participantes da licitação de compras de testes Swab,
ressaltou em seu depoimento as dificuldades das empresas fornecedoras de
encontrar produtos para fornecer, principalmente, aos órgãos públicos.
"Especificamente sobre os testes Swab, durante a pandemia esse produto
chegou a preços estratosféricos dificultou e muito a nossa atividade",
explicou.
No final das oitivas o
presidente da CPI, deputado Kelps Lima propôs que seja promovida uma acareação
entre Paulo Ricardo Leão Ansel – sócio administrador da empresa Leão Serviço e
Comércio e Ralfo Cavalcanti Medeiros, diretor da Unidade de Apoio à Saúde
(DUAS), da Unidade Central de Agentes Terapêuticos (UNICAT), para
confirmação de informações consideradas contraditórias.
Participaram a nona reunião da CPI da Covid os deputados Kelps Lima (SDD), Gustavo Carvalho (PSDB), George Soares (PL), Francisco do PT e Nelter Queiroz (MDB). Os membros da Comissão reúnem-se novamente na próxima quarta-feira (08), quando ouvirão Daniele Nascimento dos Santos, assistente técnica da Sesap; Fernando Aguiar de Figueiredo, presidente da ASSINP/RN (Associação Institutos de Pesquisas do RN); Neuma Lúcia de Oliveira, coordenadora de promoção à saúde da Sesap, sobre a contratação de empresa de pesquisa do Estado do Piauí, processo nº 00610682.000050/2020-48.
ALRN