Chefe da organização revela compromisso do sistema humanitário de permanecer e distribuir auxílio; Américas serão ponto de destino de mais de 5 mil reassentados; mais detalhes sobre serão divulgados na próxima semana.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse que o Afeganistão entra numa nova fase e a grande preocupação agora é com a piora das crises humanitária e econômica, e a “ameaça de colapso total dos serviços básicos”.
Nesta terça-feira 31, a presença militar dos Estados Unidos após duas décadas no território afegão foi concluída.
Desnutrição
O secretário-geral lembra que o compromisso do sistema
humanitário é de ficar no país e entregar ajuda.
Cerca de 8 milhões
de afegãos receberam auxílio este ano. Somente na
última quinzena, 80 mil foram assistidos. Nesta
segunda-feira, chegaram mais de 12,5 toneladas de
suprimentos médicos.
Com a seca severa e a aproximação de
inverno rigoroso, serão precisos mais alimentos,
abrigos e insumos para a saúde.
Auxílio
Guterres pediu a todas as partes o acesso humanitário
seguro e desimpedido para itens e pessoal.
Na próxima semana, a organização prevê detalhar
as necessidades e requisitos de financiamento para
os próximos quatro meses no Afeganistão.
Uma das maiores preocupações é com o aumento
de oportunidades de reassentamento para pessoas que buscam
abrigo.
Nova vida
A Agência das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, disse que
atualmente cerca de 5 mil afegãos seriam transportados
para os Estados Unidos e outros países das Américas.
A agência quer que a evacuação dessas
pessoas não se confunda com o reassentamento.
Muitos beneficiários podem encontrar soluções, como a
repatriação voluntária.
Já na questão de reassentamento, os mais vulneráveis estariam em maior vantagem pela oportunidade de começar uma nova vida.
ONU