Nesta foto o ditador Kim Jong Un está com uma aparência mais gorda de como foi visto recentemente num desfile em 8 de setembro na Coréia do Norte. 📷 EFE/EPA/KCNA
Desde pequenos, os alunos de escolas norte-coreanas são instruídos, a enxergar missionários como `maliciosos que sugam o sangue de crianças´
Um relatório recente da Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF) detalha como o líder do Partido dos Trabalhadores da Coreia, Kim Jong Un, aprova atos de terror e tortura na tentativa de "remover todos os vestígios do cristianismo" no país, a medida que encobre seus crimes.
O documento revela que "a campanha para exterminar todos os adeptos e instituições cristãs ... foi brutalmente eficaz", e expõe o incentivo por meio de promoções dadas à polícia secreta da Coréia do Norte, o Ministério da Segurança do Estado, para prender cristãos e pessoas de outras religiões.
O investigador da Iniciativa do Futuro da Coreia, Inje Hwang, testemunhou durante um webinar organizado pela USCIRF, que além prisões, muitos religiosos acabam sendo forçados a viver para sempre em campos de prisioneiros políticos, e muitos outros chegam a ser executados. Hwang conta que tem contato com desertores norte-coreanos que sofreram ou têm conhecimento de abusos, e compartilham os fatos.
“Uma vítima foi presa por posse de uma Bíblia, foi detida em confinamento solitário e espancada com uma haste de metal usada para limpar rifles”, contou.
De acordo com a Lista Mundial da Perseguição, divulgada anulamente pela Portas Abertas, a Coreia do Norte é o país que mais persegue cristãos no mundo.
Devido à associação da fé com os Estados Unidos e a Europa, o cristianismo é a religião mais combatida pelo governo norte-coreano. Sendo até mesmo, ensinado às crianças desde as primeiras séries escolares, a suspeitarem e denunciarem os cristãos.
"Nas escolas, as crianças aprendem que os missionários cristãos são espiões dos países que buscam oportunidades para invadir a Coreia do Norte e são mostradas imagens gráficas de missionários sugando o sangue de crianças para mostrar o quão maliciosos eles são. Eles levam as crianças para salas de exibição, administradas pelo estado, onde os religiosos são apresentados como assassinos, espiões e onde as Bíblias são exibidas como troféus tirados de inimigos do estado" relatou Suyeon Yoo, co -diretor da Iniciativa do Futuro da Coreia.
O governo de esforça para transmitir uma imagem de tolerância para o mundo, e usa umas "igrejas-modelos" administradas por eles, para encobrir toda a perseguição e crimes cometidos contra religiosos.
"Há uma razão pela qual eles fazem de tudo para esconder campos de prisioneiros políticos... para eles construírem igrejas e templos para shows e fazerem com que os atores finjam ser congregações quando visitantes estrangeiros visitam Pyongyang. Há uma razão para eles responderem tão agressivamente às resoluções do conselho de direitos humanos que condenam seu histórico de direitos humanos de forma mais ampla e há uma razão pela qual eles resistem tanto às sanções aos direitos humanos. " observa James Burt, diretor de estratégia da Iniciativa Coreana do Futuro.
CPAD News/CBN News