Diogo Rodrigues completa seis meses de prisão e muitas perguntas continuam sem respostas. Diogo vive um inferno astral e pode amargar muito mais tempo de cadeia pelos crimes cometidos contra o erário público.
Diogo completa neste 20 de outubro, seis meses de prisão e a operação Fura Fila continua sem data para terminar, a vida para ele está difícil. | 📷 InternetHoje dia 20, foi pago os vencimentos de salário dos 18 vereadores do município de Parnamirim, menos para o ainda vereador afastado de suas atividades pelo Ministério Público, Diogo Rodrigues da Silva (PSD). Em seu lugar, recebe remuneração hoje pelo mês trabalhado, o médico César Maia, primeiro suplente do partido.
Diogo está preso no presídio estadual de Ceará-Mirim desde o dia 20 de abril, acusado pelo MP de liderar um esquema fraudulento de exames e consultas dentro da Central de Regulação, órgão subordinado a Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de Parnamirim. As fraudes aconteceram antes mesmo dele se eleger vereador no ano passado.
Além de Diogo, sua esposa, Monikely Nunes Santos, e mais outras pessoas foram indiciadas pelo crime contra o SUS, numa operação de promotores e polícias militares que é considerada uma das maiores da história de Parnamirim e do RN.
Autoridades citadas na operação
Deputado estadual Souza Neto (PSB), a primeira dama de Parnamirim, Alda Leda, e ex-secretários de cidades do interior, estão sendo investigados e já respondem processos que estão em segredo de justiça, apenas uma parte dos autos foi liberada para a imprensa.
Diogo Rodrigues está sendo acusado de vários crimes, como formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, peculato, fraude em licitação, entre outros que somam centenas de processos. O MP ofereceu até o momento pelo menos 04 denúncias e que prontamente foram aceitas pela Justiça Potiguar.
Hoje, ao completar seis meses de prisão, muitas perguntas ainda continuam sem respostas e a maior delas está na expectativa de uma delação premiada pelo principal acusado da operação "Fura Fila".
Uma pergunta está no ar
E se Diogo fizer uma delação mesmo? Quem ele pode acusar de liderar o esquema com ele? Vai inocentar as autoridades já citadas no processo? Vai acusar a primeira dama de Parnamirim ou inocentá-la? E o que ele dirá sobre o deputado estadual Souza Neto? Que benefício Diogo terá da justiça se aceitar a delação? Ou vai permanecer calado?
Afinal, já são seis meses preso e a cada dia a situação fica cada vez pior para o jovem que tinha uma carreira promissora na política.
Na então eleições municipais de 2020, Diogo foi o segundo vereador mais votado e hoje amarga uma cassação iminente, um futuro incerto, continua dependendo de uma boa defesa jurídica e do apoio de familiares e dos poucos amigos que ainda estão ao seu lado para suportar o pior momento de sua vida.
E se ele abrir a boca e falar tudo que sabe, o que pode acontecer fora de sua cela com outros envolvidos? E se houver um fato novo?
Só o tempo dirá...
Escrito por Genilson Souto/Jornal do Estado