GREVE - Caminhoneiros prometem paralisação em 1º de novembro se demandas não forem atendidas

Entidades que representam os caminhoneiros reuniram-se no sábado (16) e deram um prazo de 15 dias para que o governo de Jair Bolsonaro atenda as reivindicações da categoria. Os representantes dos motoristas prometeram que a categoria irá parar a partir de 1º de novembro.

A greve dos caminhoneiros podem trazer riscos pra economia. A bancada federal e o governo precisam tomar uma decisão urgente para salvar as categorias e evitar grandes transtornos, como assim aconteceu em 2018. 📷 Miguel Schincariol/AFP 

Entre as demandas estão o estabelecimento e cumprimento de um frete mínimo, redução do preço do diesel e revisão da política de preços da Petrobras. Participaram da reunião a CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística), o CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas) e a Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores). As entidades são ligadas aos caminhoneiros autônomos que participaram da greve de 2018.

Carlos Alberto Litti Dahmer, diretor da CNTTL, disse que o governo Bolsonaro teve o prazo de 3 anos para melhorar a vida do transportador autônomo e nada foi cumprido. “Daremos mais 15 dias para que a nossa pauta, que é de conhecimento do ministro Tarcísio [de Freitas, da Infraestrutura] e do governo Bolsonaro, seja aplicada de fato para os caminhoneiros”, afirmou.

Segundo ele, os caminhoneiros enfrentam dificuldades nunca vistas. Dahmer destacou que a situação vem piorando ao longo dos últimos 3 anos de “desgoverno” Bolsonaro. “Nosso chamado de paralisação tem o respaldo de 1 milhão de caminhoneiros e a sociedade virá conosco”, disse. 

Reinvindicações 

As entidades divulgaram a lista de demandas para suspenderem a paralisação: redução do preço do diesel e revisão da política de preços da Petrobras, conhecida como PPI (Preço de Paridade de Importação); constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete; retorno da Aposentadoria Especial com 25 anos de contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e a inclusão do desconto do INSS pago pelo caminhoneiro (PL2574/2021) na Lei do Documento de Transporte Eletrônico; aprovação do novo Marco Regulatório do Transporte Rodoviário de Cargas (PLC 75/2018); aperfeiçoamentos na proposta o voto em trânsito no Senado. melhoria e criação de Pontos de Parada e Descanso (Lei 13.103/2015). 

Joyce Brito/HB

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