O doce, desenvolvido pela equipe do SESI-RN, é capaz de recuperar os sentidos perdidos promovendo uma melhora na nutrição, fator importante durante a terapia.
Cailany Cavalcante, aluna da SESI Escola RN, recebe o Prêmio Evolução da Olimpíada do Futuro em solenidade em Foz do Iguaçu. A equipe Nutrinim da SESI Escola RN é vencedora do Prêmio Evolução na Olimpíada do Futuro, realizada em Foz de Iguaçu (PR) nesta sexta-feira (3). O reconhecimento nacional foi conquistado com o projeto “Jujuba Nutrinim – alternativas para restituir sentidos gustativos aos pacientes oncológicos”. A premiação é o estágio mais avançado da Olimpíada do Futuro – quando os alunos conseguem viabilizar o projeto como produto para o mercado.
A equipe Nutrinim é formada pelos alunos da SESI Escola Natal e São Gonçalo do Amarante Cailany Cavalcante, Maria Alice Gomes, Elton Oliveira, Gustavo Araújo e Dailton Lima, com orientação do professor Diego Bezerra Cavalcante.
A jujuba Nutrinim é destinada a pacientes oncológicos, que fazem uso da quimioterapia e radioterapia, como forma de recuperar o paladar e olfato melhorando a nutrição.
Os estudantes venceram ano passado a Olimpíada do Futuro e isso os credenciou para disputar o prêmio Evolução na edição deste ano. Responsável pela orientação dos estudantes, o professor explicou que isso foi iniciado com a participação de Cailany na Olimpíada de Medicina e depois na Olimpíada do Futuro, em 2020. “Ao avançar de fases, ela teve que montar um grupo para desenvolver um projeto com mais quatro colegas”, informou Diego Cavalcante.
Ele comentou que o prêmio recebido representa muito para toda equipe e para a instituição e coroa os esforços em um contexto de pandemia. “Nós conseguimos isso durante um ano muito difícil. Evoluir o projeto ao ponto de ter boas expectativas de colocar nosso produto no mercado”, declarou.
Na disputa pelo Prêmio Nacional, dez finalistas concorrendo. “Conseguimos mudar a formulação, dar visibilidade ao projeto”, explicou.
Com o prêmio, a Nutrinim terá uma mentoria de equipe técnica em administração de empresas e marketing. “Vamos ter uma equipe jurídica que dará assessoria para patentear o projeto”, disse o orientador.
Diego Cavalcante destacou o apoio recebido pelo SESI-RN e também o “apoio de médicos para testar o produto do projeto em vivo [em pessoas] uma vez que há todo um protocolo”.
“Traçamos uma meta para este ano poder mostrar o projeto para o mundo e colocamos como objetivo algumas das Feiras mais importantes de Ciências”, comenta o professor.
Enquanto orientador, ele elencou algumas conquistas do grupo como o segundo lugar na 27° Feira Internacional Ciência Jovem, na categoria Desenvolvimento Tecnológico, onde concorreram com outras 55 equipes de todo Brasil no início deste mês de novembro. Isso os credenciou para participar de um evento internacional ano que vem na Argentina, a MILSET Latinamerican Expo-Sciences.
Com objetivos a curto e médio prazo, o professor citou a Febrace, considerada maior feira da América Latina em São Paulo ano que vem. “Submetemos o trabalho e seremos finalistas. Se ganharmos, devemos ir aos Estados Unidos para disputar a Feira Internacional de Ciências e Engenharia (Intel ISEF), considerada a maior feira internacional”, disse.
Para a gerente de Educação do SESI-RN, Ana Karenine Medina, é fantástico e motivador saber que esse projeto foi desenvolvido por alunos do Ensino Médio do SESI-RN, pensando no bem das pessoas que apresentam dificuldades após um tratamento contra câncer. “Torço para que continuem o projeto e consigam ajudar o próximo”, concluiu.
A jujuba Nutrinim é destinada a pacientes oncológicos que fazem uso da quimioterapia e radioterapia e, devido ao tratamento, apresentam perda do paladar, incapacidade de sentir odores e baixa produção de saliva. Esses fatores levam a desmotivação alimentar ocasionando desnutrição, sendo uma das maiores responsáveis pelas mortes durante o tratamento.
A jujuba é feita a partir de óleo essencial de hortelã pimenta – responsável por estimular as papilas gustativas e de agir também como descongestionante nasal, permitindo o retorno sensitivo do paladar e do olfato -; e por glutamato monossódico, que estimula alguns receptores específicos da língua, influenciando os sabores; além de outros ingredientes naturais. A Nutrinim é livre de açúcar, lactose e glúten.
Estudante Cailany Cavalcante, da Equipe Nutrinim da SESI Escola RN.