Ministro da Economia falou, em entrevista coletiva na última sexta-feira, 17/12, das realizações da Pasta em 2021 e das perspectivas para o próximo ano
“Colocamos o país em pé de novo. Nossas políticas econômicas estão dando resultado”, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante entrevista coletiva em que falou das realizações do governo federal em 2021 e das perspectivas para 2002. “Não foi apenas a recuperação rápida da economia, a volta do emprego. Honramos o nosso duplo compromisso: com a saúde dos brasileiros e com a responsabilidade fiscal”, disse o ministro.
Sobre 2022, Guedes aconselhou: “Cuidado, pessimistas. Recomendo moderação”. Segundo ele, no ano que vem haverá desaceleração do crescimento, por causa da inflação, mas, por outro lado, ocorrerá “a transição para o crescimento sustentável, rumo à economia de mercado”. Em relação à abertura econômica, salientou que, para que aconteça de forma mais rápida, será preciso “remover ineficiências”, dando como exemplos a elevada carga tributária sobre as empresas e o alto custo da energia.
Paulo Guedes destacou ainda alguns dos principais feitos ao longo do ano. “Não nos preocupamos só com as futuras gerações, mas também com os contemporâneos. Estados e municípios estão em boa situação. Há um pacto federativo funcionando. Descentralizamos recursos. A cessão onerosa, em 2019, foi um exemplo de que, para nós, a descentralização é natural. Nos endividamos um pouco mais, mas estados e municípios melhoraram sua situação”, disse, em referência à ajuda do governo federal aos entes subnacionais.
O ministro relembrou que, em contrapartida à proteção a estados e municípios, a única exigência feita foi que os recursos destinados à saúde não fossem usados para aumento de salários do funcionalismo. “Fizemos um acordo com todos os governadores, um pacto entre gerações, para combate à pandemia e não para fazer política subindo em cadáveres”, disse. O ministro salientou que o desafio agora é a renovação desse compromisso de governadores e prefeitos. “O equilíbrio fiscal está melhorando a situação de estados e municípios em meio a uma pandemia”, afirmou.
Ainda sobre a responsabilidade fiscal e as críticas feitas ao governo, disse: “Estamos gastando 19,5% do PIB e o déficit é de 1%. Onde está o populismo fiscal? Fizemos um ajuste fiscal robusto”. Guedes observou ainda que as despesas extraordinárias com a saúde vão refluindo conforme a pandemia vá recuando.
Entregas
Guedes também destacou o avanço da digitalização no país. “Somos o melhor governo digital das Américas e o sétimo melhor do mundo”, disse. O governo federal digitalizou mais de 1,5 mil serviços em três anos. E comentou a importância do Marco Legal da Startups “para fazer o futuro digital chegar”. O Brasil tem o maior programa de aceleração de startups da América Latina.
O ministro ressaltou que o futuro do Brasil é digital e verde. Com a Cédula de Produto Rural (CPR) Verde, parte do programa de Crescimento Verde, o país passou a ter “a primeira ferramenta para pagamento de serviços ambientais”. Guedes reiterou que a renovação dos marcos regulatórios atrai investimentos.
As conquistas obtidas pelo Programa de Parceria e Investimentos (PPI) foram consideradas pelo ministro fundamentais na caminhada do país rumo à economia de mercado. De 2019 a 2021, o programa realizou 131 leilões e projetos, com uma expectativa de investimentos de R$ 822,3 bilhões. Entre outorgas e bônus são R$ 148,3 bilhões. Em 2022 serão 153 ativos para leilões e projetos, com uma expectativa de investimentos de R$ 389,3 bilhões. “O PPI é uma plataforma de atração de investimentos. E o nosso futuro está nos investimentos privados”, ressaltou.
Guedes destacou também a aprovação da independência do Banco Central. “Transformamos crise em oportunidade”. O ministro argumentou que a independência do Banco Central representa a despolitização da moeda. “Foi um avanço institucional”, segundo ele – um avanço que “garante que esse aumento da inflação é temporário”.
Estiveram presentes na entrevista coletiva os secretários Adolfo Sachsida (Política Econômica), Ariosto Culau (Orçamento Federal), Carlos Da Costa (Produtividade, Emprego e Competitividade), Diogo Mac Cord (Desestatização, Desinvestimento e Mercados), Marcelo Guaranys (Secretaria Executiva), Paulo Valle (Tesouro), Roberto Fendt (Comércio Exterior e Assuntos Internacionais) e o procurador-geral da Fazenda Nacional, Ricardo Soriano.
Edu Andrade/ME