Ex-ministra denunciou supostas torturas sofridas pelas crianças que vivem no arquipélago
Supostas torturas sofridas pelas crianças foi relatada por Damares durante um culto. | 📷 Gabriela Biló/Estadão ConteúdoO Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos pediu mais 30 dias para explicar as declarações da ex-ministra e senadora eleita Damares Alves, sobre suspostas torturas submetidas às crianças que vivem na Ilha do Marajó, no Pará. O assunto foi relatado pela senadora eleita pelo Distrito Federal durante sua fala em uma igreja. Durante o culto, ela relatou que as crianças tinham seus dentes “arrancados para elas não morderam na hora do sexo oral” e comiam alimentos pastosos “para o intestino ficar livre na hora do sexo anal”. As alegações fizeram com que o Ministério Público Federal (MPF) cobrasse a pasta por mais informações sobre o assunto. O MPF, inclusive, afirmou que nenhuma denúncia feita ao órgão nos últimos 30 anos citava as torturas.
Segundo a atual chefe da pasta, Cristiane Britto, o governo federal contabilizou 5.440 denúncias de estupro e tráfico de crianças no estado entre 2016 e 2022, necessitando de mais tempo para analisar as informações. O prazo inicial era de três dias. Até o momento, o órgão não recebeu nenhuma explicação da pasta sobre os supostos crimes relatados por Damares.