Na última quinta-feira, 16, foi realizada uma audiência pública sobre a lei orçamentária do município de Parnamirim para 2023 na Câmara dos Vereadores. A apresentação do orçamento foi feita pela Secretaria Municipal de Planejamento e Finanças, que prevê uma verba de mais de 1 bilhão de reais para serem gastos em Parnamirim.
Contudo, a vereadora Fativan Alves, líder da oposição, contestou a distribuição das verbas entre as secretarias da administração pública. A parlamentar questiona o porquê dos recursos enviados para a pasta da Saúde serem inferiores aos da pasta de Obras. No papel, a SEMOP receberá 301 milhões de reais, enquanto a SESAD terá o valor de 272 milhões de reais.
Fativan criticou essa distribuição alegando que as obras do município não saem do papel e que todo esse dinheiro destinado a pasta não é visto em nada pela cidade. Entretanto, segundo a vereadora, o que é bastante sentido hoje em Parnamirim é a falta de atendimentos médicos, visto o grande número de pessoas na fila da cirurgia eletivas, as prateleiras e galpões de remédios vazios, as UBS”s sucateadas e outros problemas na saúde.
“Está evidente que a forma que os recursos estão distribuídos não está correto. Estou nas ruas todos os dias e vejo, sinto que a população está sofrendo sem atendimento médico. Além disso, esse grande orçamento para obras não é algo novo, porém que sempre fica só no papel, porque na cidade a gente não enxerga nada dele” discursou a vereadora Fativan Alves.
A parlamentar também disse que a verba de pouco mais de 1 milhão para a secretaria de turismo é um valor muito abaixo do que poderia ser, visto que Parnamirim possui um potencial turístico elevado com seu litoral, mas que com esse valor baixo nada poderá ser feito para mudar a realidade do turismo local.
Após a audiência pública na Câmara, a lei orçamentária será novamente discutida pelos vereadores e, provavelmente, terá alterações significantes no papel.
Por Lucas Costa