Presidente brasileiro fez discurso de abertura da reunião entre países sul-americanos e apresentou 10 propostas para o desenvolvimento do continente
O presidente Lula durante reunião com os presidentes da América do Sul no Palácio Itamaraty em Brasília. | 📷 Evaristo Sá/AFP
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propôs nesta terça-feira, 30, a criação de uma moeda comum entre os países sul-americanos. Em discurso de abertura da reunião da cúpula dos países da América do Sul, em Brasília, o petista apresentou 10 temas para discussão entre os representantes. Entre eles, implementar iniciativas para facilitar os trâmites e desburocratizar procedimentos de exportação e importação de bens; desenvolver ações coordenadas para o enfrentamento da mudança do clima; discutir a constituição de um mercado sul-americano de energia; criar um programa de mobilidade regional para estudantes, pesquisadores e professores do Ensino Superior; e retomar a cooperação na área de defesa, além da questão monetária. “Aprofundar nossa identidade sul-americana também na área monetária, mediante mecanismo de compensação mais eficientes e a criação de uma unidade de referência comum para o comércio, reduzindo a dependência de moedas extrarregionais”, defendeu.
Em seu longo discurso, o mandatário também falou sobre o interesse de retomar a integração sul-americana, considerada essencial para o fortalecimento da unidade. “Uma América do Sul forte, confiante e politicamente organizada amplia as possibilidades de afirmar, no plano internacional, uma verdadeira identidade latino-americana e caribenha”, iniciou Lula. Ele culpou a gestão anterior pelo rompimento com os países vizinhos e condenou o cenário de isolamento do mundo e do entorno “Deixamos que as ideologias nos dividissem e interrompessem o esforço da integração. Abandonamos canais de diálogo e mecanismos de cooperação e, com isso, todos perdemos”, disse o presidente, defendendo o pleno estabelecimento das relações, citando a América do Sul como “centro da atuação diplomática brasileira”.
“A América do Sul tem diante de si, mais uma vez, a oportunidade de trilhar o caminho da união. E não é preciso recomeçar do zero. A Unasul é um patrimônio coletivo. Lembremos que ela está em vigor. Sete países ainda são membros plenos. É importante retomar seu processo de construção. Mas ao fazê-lo, é essencial avaliar criticamente o que não funcionou e levar em conta essas lições”, ponderou. Em outro momento, Luiz Inácio também falou sobre as consequências da invasão da Rússia na Ucrânia para os países sul-americanos, com aumento do desemprego e dos custos das cadeias produtivas; enumerou os impactos da pandemia da Covid-19 na região, falando sobre o alto número de mortes; e fez referência aos atos de 8 de Janeiro: “Trágica síntese da violência de grupos extremistas que se valem de plataformas digitais para promover campanhas de desinformação e discursos de ódio”, continuou.
O presidente brasileiro encerrou seu discurso defendendo que a integração deve ser um objetivo permanente dos países, uma vez que, segundo ele, o que os elementos que unem as nações estão acima de divergências de ordem ideológica. “Enquanto estivermos desunidos, não faremos da América do Sul um continente desenvolvido em todo o seu potencial. A integração deve ser objetivo permanente de todos nós. Precisamos deixar raízes fortes para as próximas gerações. Permitir que as divergências se imponham teria um custo elevado, além de desperdiçar o muito que já construímos conjuntamente. As condições humanas e materiais para o nosso desenvolvimento soberano estão em nossas mãos”, concluiu.
O presidente Lula durante reunião com os presidentes da América do Sul no Palácio Itamaraty em Brasília. | 📷 Evaristo Sá/AFP
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propôs nesta terça-feira, 30, a criação de uma moeda comum entre os países sul-americanos. Em discurso de abertura da reunião da cúpula dos países da América do Sul, em Brasília, o petista apresentou 10 temas para discussão entre os representantes. Entre eles, implementar iniciativas para facilitar os trâmites e desburocratizar procedimentos de exportação e importação de bens; desenvolver ações coordenadas para o enfrentamento da mudança do clima; discutir a constituição de um mercado sul-americano de energia; criar um programa de mobilidade regional para estudantes, pesquisadores e professores do Ensino Superior; e retomar a cooperação na área de defesa, além da questão monetária. “Aprofundar nossa identidade sul-americana também na área monetária, mediante mecanismo de compensação mais eficientes e a criação de uma unidade de referência comum para o comércio, reduzindo a dependência de moedas extrarregionais”, defendeu.
Em seu longo discurso, o mandatário também falou sobre o interesse de retomar a integração sul-americana, considerada essencial para o fortalecimento da unidade. “Uma América do Sul forte, confiante e politicamente organizada amplia as possibilidades de afirmar, no plano internacional, uma verdadeira identidade latino-americana e caribenha”, iniciou Lula. Ele culpou a gestão anterior pelo rompimento com os países vizinhos e condenou o cenário de isolamento do mundo e do entorno “Deixamos que as ideologias nos dividissem e interrompessem o esforço da integração. Abandonamos canais de diálogo e mecanismos de cooperação e, com isso, todos perdemos”, disse o presidente, defendendo o pleno estabelecimento das relações, citando a América do Sul como “centro da atuação diplomática brasileira”.
“A América do Sul tem diante de si, mais uma vez, a oportunidade de trilhar o caminho da união. E não é preciso recomeçar do zero. A Unasul é um patrimônio coletivo. Lembremos que ela está em vigor. Sete países ainda são membros plenos. É importante retomar seu processo de construção. Mas ao fazê-lo, é essencial avaliar criticamente o que não funcionou e levar em conta essas lições”, ponderou. Em outro momento, Luiz Inácio também falou sobre as consequências da invasão da Rússia na Ucrânia para os países sul-americanos, com aumento do desemprego e dos custos das cadeias produtivas; enumerou os impactos da pandemia da Covid-19 na região, falando sobre o alto número de mortes; e fez referência aos atos de 8 de Janeiro: “Trágica síntese da violência de grupos extremistas que se valem de plataformas digitais para promover campanhas de desinformação e discursos de ódio”, continuou.
O presidente brasileiro encerrou seu discurso defendendo que a integração deve ser um objetivo permanente dos países, uma vez que, segundo ele, o que os elementos que unem as nações estão acima de divergências de ordem ideológica. “Enquanto estivermos desunidos, não faremos da América do Sul um continente desenvolvido em todo o seu potencial. A integração deve ser objetivo permanente de todos nós. Precisamos deixar raízes fortes para as próximas gerações. Permitir que as divergências se imponham teria um custo elevado, além de desperdiçar o muito que já construímos conjuntamente. As condições humanas e materiais para o nosso desenvolvimento soberano estão em nossas mãos”, concluiu.