Com o objetivo principal de incentivar, educar e informar, posteriormente criando de forma separada em cada área como, saúde, educação, desenvolvimento social e econômico, capacitações focadas na valorização da identidade e da beleza afro-brasileira, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Macaíba, está desenvolvendo o projeto “Meu cabelo sou eu”, em parceria o Studio Daychella, espaço de beleza inovador especializado na temática em pauta, idealizado por Dayane Neves e Fábio Santos.
O projeto será lançado oficialmente na próxima sexta-feira (19/05), a partir das 9h, na Casa de Cultura Popular, sendo voltado para o público em geral, especialmente para mulheres negras de Macaíba, que tendem a sofrer racismo e preconceitos quanto ao seu cabelo e à sua cor. Assim, será possível abrir conversas e diálogos com o público em geral para podermos entender porque isso acontece.
“Todos devem aprender sobre assunto para poder combater os preconceitos e racismo vividos por muitas pessoas pretas na nossa cidade e nosso país”, declarou o empreendedor Fábio Santos, que ressalta que o mercado estético voltado para a beleza negra ainda é escasso em Macaíba, apesar do fato de que a maioria da população macaibense é composta por esse público.
O primeiro momento será focado no diálogo, e a partir das conversas serão abertos outros caminhos, como projetos voltados aos cuidados capilares da população negra, educação nas escolas e nas comunidades.
Sabemos que ainda existem muitos pensamentos que colaboram para a disseminação de racismo em nossa sociedade, principalmente contra pessoas negras, falas como: cabelos “duros”, “ruins” ou “feios” serão combatidas através de rodas de conversas e orientações psicológicas sobre autoestima da pessoa negra e mostrando que não obrigatoriamente precisam-se encaixar-se em padrões de beleza, entendendo sua identidade e ancestralidade, também será estimulado o empreendedorismo voltado à beleza negra, com oferta de capacitação para formação de trancistas.
Com esse projeto, também haverá estímulo ao desenvolvimento de espaços voltados à beleza negra, protagonizados por negros, que poderão gerar emprego e renda e, consequentemente, livrar muitos jovens de situações de vulnerabilidade social. “Será gerado um novo segmento mercadológico que vai incentivar comerciantes e empresas a trazerem produtos para essa população que, por sua vez, pode sim assumir sua identidade e ainda estimular a geração de emprego e renda através desse nicho de mercado.”, completou Fábio.