Presidente do país africano define relacionados entre pessoas do mesmo sexo como 'desvio do normal'
O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, endureceu as leis do país no que se refere a relacionamentos homossexuais. Nesta segunda-feira, 29, ele sancionou a regra que prevê até pena de morte.
De acordo com a agência de notícias Reuters, a pena de morte será imposta para casos de “homossexualidade agravada”. Além disso, a nova lei de Uganda passa a prever condenação de 20 anos de prisão para quem “promover” a homossexualidade.
Antes da lei de hoje, Uganda já proibia relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo. A saber, o país da região leste do continente africano conta com um dos piores índices de desenvolvimento humano (IDH) do mundo, de 0,525. Dessa forma, ocupa a 166ª posição entre 191 países.
O presidente de Uganda define a homossexualidade como “desvio do normal”. Além disso, Museveni pede para os políticos do país resistirem à pressão “imperialista” contra a mais nova lei local.
Joe Biden lamenta lei contra homossexuais de Uganda
Joe Biden é o presidente dos EUA. | 📷 Reprodução/Flickr/Gage Skidmore
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, lamentou publicamente o fato de Uganda ter aprovado a lei que prevê pena de morte a homossexuais. Segundo o norte-americano, a decisão representa “uma trágica violação aos direitos humanos”. Ele também indicou que o país africano pode, por ora, sofrer sanções comerciais.
“Estamos considerando medidas adicionais, incluindo a aplicação de sanções e restrição de entrada nos Estados Unidos contra qualquer pessoa envolvida em graves abusos de direitos humanos ou corrupção”, afirmou Biden, segundo a Reuters.
Por Anderson Scardoelli/Oeste