O presidente da Câmara Municipal de Parnamirim, Wolney França, assumiu o comando da Federação das Câmaras Municipais do Rio Grande do Norte e é cotado para disputar a Prefeitura da cidade
'Eu me sinto preparado por ter feito parte da administração', diz Wolney França, Presidente da Câmara de Parnamirim e da Fecam. | 📷 Adriano Abreu
Confira a entrevista:
Como é que o senhor avalia esses primeiros meses da gestão do presidente Lula?
Eu avalio que é uma gestão que ainda está em fase de estruturação, tem a votação no Congresso Nacional sobre a criação de alguns ministérios, então é natural que depois desses ministérios, que ainda não funcionem, a máquina passe a funcionar de forma harmoniosa. Então, eu entendo que é um governo que ainda não entregou a expectativa criada pela população e eu acredito que seja justamente por ter feito mudanças abandonadas, mas realmente é preciso não só acelerar o comportamento e a estrutura dos ministérios, mas também tem que acelerar esse contato político com o Congresso Nacional. É importante também essa harmonia com o Congresso.
O senhor foi chefe de gabinete do prefeito Taveira por três anos e quatro meses (2017-2020), quando saiu pra se candidatar a vereador, qual é a sua visão sobre a máquina pública hoje da prefeitura de Parnamirim?
Parnamirim é um município que só cresce hoje e em alguns já ultrapassamos a arrecadação própria de Mossoró, não é apenas transferência mensal de ICMS ou de FPM, porque a gente tem um número de habitantes menor. Então, as transferências do Estado e da União ainda são maiores porque são calculadas por número de habitantes. Mas a arrecadação própria IPTU e ISS em algumas ocasiões já ultrapassamos Mossoró. E eu acho a grande expectativa de todos nós políticos, e acho que isso é um problema comum, é a celeridade da celeridade da entrega, Isso é uma preocupação do prefeito Taveira, dos secretários e também da Câmara de desburocratizar ajustar a máquina, que não é um problema só de Parnamirim, acho que é um problema geral e de todos os gestores hoje.
O senhor acha que há necessidade de ajustes de secretarias, visitou ou adequando outras?
Eu confio no trabalho do prefeito Taveira e acho que ele é que e pode responder a essa pergunta.
Mas no papel de fiscal, como vereador, qual a sua visão?
A acompanha o dia a dia da Prefeitura, mas quando a gente fala de substituição do secretário, aí termina sendo uma competência mais própria do executivo. E a gente tem vamos dizer assim, respeitando, confiando que o prefeito teja sensível a possíveis modificações. A gente respeita a decisão do prefeito.
E provavelmente o senhor acha que tem correspondência aos parnamirinenses?
É uma gestão que foi reeleita, é um governo que teve dificuldades como qualquer outro governo, mas foi um governo que assumiu uma máquina, precisando de ajuste e também passou por uma pandemia, então considerando esses cenários, necessidade de ajuste de máquina e considerando o cenário da pandemia, é um governo que a meu ver atende a população, porque foi a própria população que reconduziu o prefeito.
E em relação ao seu mandato, tem correspondido as expectativas dos consumidores?
Eu tenho essa preocupação, mas prefiro que essa pergunta seja respondida pelos compradores, mas da parte da Câmara a gente realmente chega cedo, sai tarde, procura cumprir o planejamento pra que a gente possa ser um bom vereador, um bom presidente ouvindo as pessoas.
O senhor sonha em ser candidato a prefeito de Parnamirim, até porque o prefeito agora não vai para a reeleição?
Todos nós que estamos na carreira pública sonhamos em um dia administrar a cidade, mas a gente entende que é cedo a antecipação do processo da eleição, porque acho que isso dificulta o trâmite e projetos, o trâmite burocrático e administrativo e eu acho que a população hoje deseja mesmo é que a gente possa cumprir com nosso papel de vereador e presidente da Câmara. Logicamente que eu sou do grupo do prefeito, logicamente que eu sou próximo ao prefeito e gente tem uma expectativa, mas eu prefiro que essa decisão parta do nosso líder político, que é o prefeito Rosando Taveira. A gente torce que esse nome a ser escolhido venha de uma decisão política de Taveira sobre quem é o melhor nome pra sucedê-lo. Lógico que por ser próximo ao prefeito Taveira, existe uma expectativa na cidade que esse nome pode ser Wolney França.
O senhor defende, então, que esse nome que para indicado por Taveira sai unido para campanha eleitoral?
Exatamente. Eu defendo a união do grupo. E me sinto preparado por ter sido da administração. Fui diretor geral da Câmara de Parnamirim, presidente eleito, e reeleito. Então o nosso nome termina unido o conceito, que é advogado especialista em gestão pública, especialista em Direito Constitucional com a experiência pelo fato de ter sico secretário municipal e presidente de Câmara, a gente une o Executivo e Legislativo, mas prefiro antes de dizer que sou pré-candidato, aguarde a decisão do prefeito de Parnamirim.
Fala-se que a base política do prefeito tem perto de uma dezena de pré-candidatos, como unir essa base num projeto eleitoral viável?
A gente aguarda a decisão do prefeito. Eu defendo a união.
Caso não saia candidato a prefeito, o senhor desiste da reeleição, é que se tem comentado?
Se não for indicado por Taveira, a gente vai disputar a releição do mandado de vereador, é até difícil responder a essa pergunta, porque existe um condicionante da outra.
Que avaliação o senhor faz do governo Fátima Bezerra (PT)?
Eu acho administração regular e um governo ainda um pouco distante de Parnamirim desde o primeiro mandato. Mas a gente acredita que com a eleição de Taveira Júnior como deputado estadual do Rio Grande do Norte, mas com base eleitoral em Parnamirim, e com a nossa chegada na Fecam, a gente pode se conectar melhor com o governo em benefício da população de Parnamirim . Acho que Parnamirim como terceiro maior município do Estado, poderia ter um olhar mais diferente.