BRASÍLIA - Ex-diretor da PRF nega que tenha ordenado blitze para reter eleitores

Primeiro a depor na CPMI do 8 de Janeiro, Silvinei Vasques foi questionado sobre operações da corporação nas regiões Norte e Nordeste no segundo turno das eleições


Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, depõe à CPMI do 8 de Janeiro. | 📷 Pedro França/Agência Senado

Durante depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques negou ter determinado o bloqueio de estradas para reter eleitores no segundo turno das eleições de 2022. À época, a PRF teria realizado blitze durante o dia de votação com o objetivo de dificultar o acesso de eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aos seus locais de votação. Silvinei é o primeiro depoente da CPMI. O policial estava à frente da instituição durante o período eleitoral, mas pediu aposentadoria ainda no ano passado. Vasques disse, no depoimento, que a denúncia é fantasiosa e que foi “propagada a partir de mentiras”.

Ainda segundo a versão do ex-PRF, as operações que ocorreram no Norte e no Nordeste viralizaram a partir de posts feitos por indivíduos que mentiram e estão sendo processados por isso. “Está o registro aqui, não tem como burlar. O ônibus ficou parado por 14 minutos no local com o tacógrafo estragado, e a polícia ainda fez a escolta do ônibus até a área de votação. Ninguém deixou de votar”, disse. “Tenho mais de 200 laudas, mais de oito meses de estudos, mostrando que não foi no Nordeste que a gente teve o maior esforço da PRF”.

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