Mandado de busca e apreensão foi cumprido pelo Ministério Público do Mato Grosso do Sul nesta quarta-feira (14)
Em mais uma etapa da Operação Carteiras, deflagrada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) em 2022 e que investiga o envolvimento de advogados com organizações criminosas, dispositivos eletrônicos e documentos pertencentes a uma advogada foram apreendidos nesta quarta-feira (14), na cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
O mandado de busca e apreensão foi cumprido pelo Ministério Público do Mato Grosso do Sul (MPMS). O material apreendido será analisado e encaminhado ao Judiciário.
Operação Carteiras
No dia 8 de julho de 2022, o MPRN deflagrou a operação Carteiras, que cumpriu seis mandados de prisão preventiva e outros quatro, de busca e apreensão, nas cidades de Natal, Parnamirim, Extremoz e Nísia Floresta. Os mandados foram cumpridos nas residências de advogados, em um escritório de advocacia e ainda nas penitenciárias estaduais de Alcaçuz e Rogério Coutinho Madruga. Ao todo, três advogados foram presos na ação.
Em agosto do ano passado, na segunda fase da operação, mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos contra um advogado suspeito de integrar uma organização criminosa que atua dentro e fora de unidades prisionais do Estado. Além do advogado, a ação cumpriu outros quatro mandados de prisão contra detentos.
O advogado foi preso na Penitenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta. A investigação do MPRN já apurou que ele, por diversas vezes trocou “catataus” (mensagens) com detentos, estabelecendo a comunicação entre os internos integrantes da organização criminosa que ainda estão nas ruas e as lideranças encarceradas. Ele se aproveitava de suas funções para driblar a fiscalização prisional, usando criminalmente suas prerrogativas.
Após denúncias oferecidas pelo MPRN, quatro advogados já foram sentenciados e condenados por envolvimento com organização criminosa.