O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). | 📷 Divulgação
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta segunda-feira (24) que as redes sociais utilizadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sejam obrigadas a informar se 244 denunciados por suposta participação nos atos de 8 de janeiro “são ou deixaram de ser” seguidores do ex-presidente. A solicitação foi encaminhada ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
No último dia 17, Santos havia solicitado a identificação de todos os seguidores de Bolsonaro. Após a repercussão, o subprocurador disse que o pedido não se tratava de uma investigação contra os seguidores. A defesa do ex-presidente chamou a solicitação de “patrulhamento ideológico”. Agora, a PGR restringiu o pedido para 244 denunciados pelos atos de vandalismo.
Na nova petição, o subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, também solicitou que as plataformas informem se essas 244 pessoas “repostaram conteúdos divulgados pelo político com mensagens referentes a assuntos como fraude em eleição, urnas eletrônicas, Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Supremo Tribunal Federal (STF), Forças Armadas e intervenção Militar”, informou a PGR.
A Procuradoria apontou que a mudança no pedido foi motivada por uma questão operacional, pois Bolsonaro tem milhões de seguidores em suas redes sociais. Santos argumentou que “a análise das informações requeridas demandaria tempo e esforços o que, neste momento, poderá comprometer a capacidade operacional de levantamento, de forma célere, dos dados solicitados, além do risco de comprometer o fluxo seguro para a transmissão das informações”.
“É importante deixar claro, no entanto, que empreender nova dinâmica à investigação não significa deixar de punir quem deva ser devidamente punido, uma vez vislumbrada a respectiva culpabilidade”, ressaltou o subprocurador.