Elon Musk o CEO da Tesla, apresenta o carro Modelo X em setembro de 2015 na Califórnia. | 📷 Arquivo/APX, a plataforma de mídia social anteriormente conhecida como Twitter, ameaçou processar um grupo de pesquisadores independentes cuja pesquisa documentou um aumento no discurso de ódio no site desde que foi comprado no ano passado por Elon Musk.
Um advogado que representa o site de mídia social escreveu ao Center for Countering Digital Hate em 20 de julho, ameaçando com uma ação legal sobre a pesquisa da organização sem fins lucrativos sobre discurso de ódio e moderação de conteúdo. A carta alegou que as publicações de pesquisa da CCDH parecem destinadas a “prejudicar os negócios do Twitter, afastando os anunciantes da plataforma com reivindicações incendiárias”.
Musk é um autoproclamado absolutista da liberdade de expressão que acolheu de volta supremacistas brancos e negacionistas eleitorais à plataforma, que ele renomeou como X no início deste mês . Mas o bilionário às vezes se mostrou sensível ao discurso crítico dirigido a ele ou a suas empresas.
O centro é uma organização sem fins lucrativos com escritórios nos Estados Unidos e no Reino Unido. Publica regularmente relatórios sobre discurso de ódio , extremismo ou comportamento prejudicial em plataformas de mídia social como X, TikTok ou Facebook.
A organização publicou vários relatórios críticos à liderança de Musk , detalhando um aumento no discurso de ódio anti-LGBTQ , bem como desinformação climática desde sua compra. A carta do advogado de X citou um relatório específico de junho que constatou que a plataforma não conseguiu remover conteúdo neonazista e anti-LGBTQ de usuários verificados que violaram as regras da plataforma.
Na carta, o advogado Alex Spiro questionou a expertise dos pesquisadores e acusou o centro de tentar prejudicar a reputação de X. A carta também sugeria, sem evidências, que o centro recebia fundos de alguns dos concorrentes do X, embora o centro também tenha publicado relatórios críticos sobre TikTok, Facebook e outras grandes plataformas.
Não é a primeira vez que Musk reagiu aos críticos. No ano passado, ele suspendeu as contas de vários jornalistas que cobriram sua aquisição do Twitter. Outro usuário foi suspenso por usar dados de voo disponíveis publicamente para rastrear o avião particular de Musk; Musk inicialmente prometeu manter o usuário na plataforma, mas depois mudou de ideia, citando sua segurança pessoal. Ele também ameaçou processar o usuário antes de permitir que ele voltasse à plataforma sob certas restrições .
Inicialmente, ele havia prometido que permitiria qualquer discurso em sua plataforma que não fosse ilegal. “Espero que até meus piores críticos permaneçam no Twitter, porque é isso que significa liberdade de expressão”, escreveu Musk em um tuíte no ano passado.