Manifestantes de direita em frente à praça Santos Andrade, em Curitiba, em protesto realizado em 2019. | 📷 Hedeson Alves/GP
De acordo com a dados da nova edição da pesquisa “A carta da Democracia” do Instituto da Democracia (IDDC-INCT), o número de brasileiros que se dizem de direita (22%) é o dobro dos que se declaram de esquerda (11%). A pesquisa foi realizada entre os dias 22 e 29 de agosto de 2023, ou seja, no oitavo mês do governo Lula (PT).
Para se ter uma ideia, em 2018, antes da eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o número de brasileiros que se declaravam de direita era de 9%. Esse número atingiu o patamar máximo no ano passado, quando chegou a 24%.
Os dados coincidem com outras pesquisas que apontam para um posicionamento majoritariamente conservador entre os brasileiros. Levantamentos recentes já demonstraram que quase 80% da população é contrária a legalização do aborto e 70% se diz contra a descriminalização das drogas.
O levantamento foi feito por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade de Brasília (UNB) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que ouviram 2.558 eleitores presencialmente em 167 cidades de todas as regiões do país. A pesquisa foi financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).
Em outro tópico, a mesma pesquisa aponta o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como o favorito para ser o sucessor de Bolsonaro em 2026. Tarcísio pontuou positivamente nos grupos dos que “gostam muito” e dos que “gostam mais ou menos” do ex-presidente.