Em relatório apresentado nesta quarta-feira (18) ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal (PF) concluiu que o deputado federal General Girão (PL-RN) cometeu crimes ao ter incentivado seus seguidores a pedir intervenção militar. O documento faz parte de um dos inquéritos que investiga os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro.
“O deputado General Girão destacou, através da assessoria que, pela terceira vez consecutiva, a justiça divulga os andamentos do processo para a imprensa antes mesmo de intimar oficialmente a parte envolvida, como deveria ser feito de acordo com a Lei brasileira. Além disso, confirma seu depoimento constante no relatório da Polícia Federal, sendo apenas mais uma etapa do processo.
Forças Armadas
De acordo com as informações que constam no documento, existem “evidências suficientes” que comprovam a prática de crimes e a potencial responsabilização do deputado bolsonarista. Durante seu depoimento, Girão refutou as acusações e alegou que, ao mencionar as Forças Armadas, estava se referindo de maneira ampla e dentro dos parâmetros constitucionais.
Em abril, o Ministério Público Federal moveu uma ação contra o deputado General Girão (PL) e a União por danos morais coletivos por estímulo a atos antidemocráticos em frente a um quartel no Rio Grande do Norte.
O MPF aponta que os então comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, integrantes da União, divulgaram nota estimulando os acampamentos, e que o parlamentar fez reiteradas postagens em suas redes sociais conspirando contra o Estado Democrático de Direito.