GUERRA NO ORIENTE MÉDIO - Netanyahu nega cessar-fogo em Gaza: “Os EUA não concordariam após Pearl Harbor”

Primeiro-ministro israelense afirmou que “este é um momento de guerra” e que um cessar-fogo só beneficiaria o Hamas. | 📷 Fotomontagem: Geilson Souto


O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira (30) que o país não concordará com um cessar-fogo na Faixa de Gaza, onde as Forças de Defesa israelenses (FDI) realizam uma ofensiva em resposta aos ataques do grupo terrorista Hamas ao Estado judeu no último dia 7.

“Assim como os Estados Unidos não concordariam com um cessar-fogo após o bombardeio a Pearl Harbor ou após os ataques terroristas de 11 de Setembro, Israel não concordará com a cessação das hostilidades contra o Hamas após os horríveis ataques de 7 de outubro”, afirmou o premiê, em declarações à imprensa.

“Os apelos por um cessar-fogo são um apelo a Israel para que se renda ao Hamas, que se renda ao terrorismo, que se renda à barbárie. Isso não vai acontecer. A Bíblia diz que há um momento para a paz e um momento para a guerra. Este é um momento de guerra”, disse Netanyahu.

Na semana passada, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução para uma trégua humanitária em Gaza, mas a medida do colegiado tem poder apenas de recomendação.

Antes, duas propostas de resolução da Rússia, pedindo um cessar-fogo, e outras duas, de Brasil e Estados Unidos, reivindicando pausas humanitárias no conflito, não tiveram votos suficientes ou foram vetadas no Conselho de Segurança da ONU, que tem um poder mais incisivo do que a Assembleia Geral.

Neste momento, o Conselho de Segurança realiza outra reunião de emergência, a pedido dos Emirados Árabes Unidos, sobre a ofensiva de Israel em Gaza e a situação humanitária dos palestinos. Os Emirados Árabes propõem uma resolução para uma “pausa humanitária imediata” no enclave.

Antes das declarações do premiê à imprensa, o gabinete de Netanyahu havia divulgado uma mensagem na qual condenou a divulgação de um vídeo pelo Hamas, mostrando três mulheres reféns em Gaza, como “propaganda psicológica cruel”.

Por Fábio Galão/GP

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