O envelhecimento populacional é uma realidade global que apresenta desafios significativos para a saúde e o bem-estar da pessoa idosa e das pessoas que chegarão à velhice. Nesse contexto, o treino cognitivo surge como uma intervenção promissora para melhorar a qualidade de vida dessa parcela da sociedade.
O treino cognitivo ou estimulação cognitiva engloba uma variedade de técnicas e atividades projetadas para estimular as funções cognitivas.
Pesquisas como Brum et al.(2016) apontam que a participação em programas de treinamento cognitivo pode resultar em melhorias notáveis na memória, atenção, raciocínio e outras habilidades cognitivas.
Além disso, a duração dessas intervenções é um aspecto crucial a ser considerado, já que programas de longa duração têm o potencial de promover mudanças positivas e duradouras no funcionamento cognitivo.
Além disso, outras pesquisas têm demonstrado que o treinamento cognitivo está associado à preservação da funcionalidade cognitiva na pessoa idosa.
Estudos recentes, como o de Silva et al. (2021), destacam os benefícios desses programas na promoção da saúde mental e na melhoria da qualidade de vida das pessoas idosas, independentemente da presença de demência.
A participação regular em atividades intelectualmente estimulantes pode ajudar a retardar o declínio cognitivo , promovendo assim uma maior independência e autonomia nas atividades diárias. Essa preservação da função cognitiva é fundamental para a manutenção da qualidade e pode contribuir para a prevenção de condições neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer.
Além dos benefícios cognitivos, o treinamento cognitivo também pode trazer um impacto positivo no bem-estar emocional das pessoas idosas. Para Silva et al. (2021), sugerem que a participação nessas atividades pode reduzir os sintomas de depressão e ansiedade, aumentar a autoestima e promover uma sensação geral de bem-estar, o que é particularmente relevante considerando o aumento da prevalência de problemas de saúde mental entre as pessoas idosas.
A importância do treino cognitivo
Por fim, a estimulação cognitiva oferece uma oportunidade para as pessoas idosas fortalecerem suas conexões sociais e participarem de atividades enriquecedoras. Ao se envolverem nessas atividades, as pessoas idosas têm a chance de interagir com seus pares, compartilhar experiências e estabelecer relacionamentos significativos. Essa dimensão social do treinamento cognitivo é importante para promover um senso de pertencimento e apoio emocional, o que contribui para uma melhor qualidade de vida geral.
Participar e investir em programas de estimulação cognitiva não apenas representa uma estratégia eficaz para prevenir os riscos da senilidade, mas também possibilita uma abordagem global e centrada na pessoa para promover o envelhecimento saudável e ativo, com autonomia e independência no decorrer dos anos de vida.