DESÂNIMO DE LULA - Os bastidores e a tensão da cirurgia urgente de Lula | Petista não passará cargo a Alckmin

Lula recebeu a notícia que sua recuperação será total e não há risco de sequelas


Os bastidores da cirurgia à qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi submetido na cabeça revelaram um cenário de tensão e uma corrida contra o tempo. Na manhã desta terça-feira, 10, Lula recebeu a notícia que sua recuperação será total e não há risco de sequelas.

Mas, 24 horas antes, o clima era bem diferente. Tudo começou com uma observação feita pelo empresário José Seripieri Filho, conhecido como Júnior, após um encontro com o presidente.

Preocupado com o cansaço e a aparente falta de vigor de Lula, Júnior entrou em contato com o cardiologista Roberto Kalil Filho, médico de confiança do presidente. A ligação rapidamente mudou de tom.

O relato do empresário acionou uma rede de profissionais, incluindo a médica da Presidência, Ana Helena Germoglio. Os primeiros exames indicaram um quadro febril, e a hipótese de Covid-19 chegou a ser considerada.

No entanto, os médicos decidiram realizar exames mais detalhados no Hospital Sírio-Libanês em Brasília, devido à lesão recente na cabeça do presidente causada por uma queda. O exame de ressonância magnética confirmou um sangramento intracraniano, exigindo intervenção cirúrgica imediata.

Apesar de a unidade do Sírio em Brasília dispor de boa estrutura, o cardiologista Kalil optou por transferir Lula para a sede em São Paulo, onde a equipe de maior confiança estava à disposição e os recursos eram mais robustos.

A transferência de Lula para São Paulo foi cercada de tensão. Mesmo calmo, o presidente demonstrava sinais de desconforto. No aeroporto de Congonhas, Kalil aguardava na pista de pouso, recepcionando o presidente ainda na porta do avião.

A rapidez das decisões foi crucial: a equipe médica afirmou que um atraso de 12 horas poderia ter levado a um desfecho muito mais grave.

Mesmo na UTI, presidente Lula não passará cargo a Alckmin


O presidente está consciente e se recupera bem após ser submetido a uma craniotomia, no hospital Sírio-Libanês em São Paulo.

Mesmo internado após uma cirurgia de emergência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não passará o exercício do cargo a seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), informou a assessoria do Planalto, na tarde desta terça-feira (10/12).

O presidente está consciente e se recupera bem após ser submetido a uma craniotomia, no hospital Sírio-Libanês na capital paulista. No entanto, não há qualquer gabinete presencial montado no local.

Lula ficará em observação nos próximos dias e permanecerá na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) por 48 horas. De acordo com o cardiologista Roberto Kalil Filho, que acompanha o presidente, Lula está estável e já acordado. Além disso, poderá ter alta na próxima semana. As funções neurológicas foram preservadas e ele não terá sequelas.

“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está bem, estável, acordado e conversando”, afirmou Kalil em coletiva de imprensa.

A cirurgia, realizada para a drenagem de um hematoma, transcorreu sem intercorrências.

O presidente sentiu dores de cabeça na noite dessa segunda (9) e esteve na unidade do hospital em Brasília para realizar exame de imagem. A ressonância magnética mostrou hemorragia intracraniana, decorrente da queda que sofreu em casa. Ele, então, foi transferido para São Paulo.

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