A construção de uma aliança política ampla, liderada por Rogério Marinho, para resgatar o Rio Grande do Norte apresenta um cenário estratégico e viável, considerando o desgaste do governo federal e estadual, bem como o descontentamento de setores diversos, incluindo a centro-esquerda. Essa articulação, que inclui figuras tradicionais e emergentes, como José Agripino, Álvaro Dias e Alisson Bezerra, poderia ser uma das mais ambiciosas já vistas no estado. Abaixo, segue uma análise detalhada dos fatores que sustentam essa iniciativa.
1. Rogério Marinho como Agente Articulador
Rogério Marinho desponta como o protagonista natural por diversas razões:
• Perfil Técnico e Político: Marinho combina uma trajetória técnica (Ministério do Desenvolvimento Regional) com experiência legislativa, o que lhe confere credibilidade junto a setores econômicos e políticos.
• Ligação com o Governo Federal: Embora crítico ao atual governo, sua proximidade com figuras de peso no cenário nacional, como líderes do Congresso, o coloca em posição estratégica para atrair recursos e apoio político.
• Imagem de Gestor: Sua gestão no MDR fortaleceu sua marca como alguém capaz de realizar grandes obras, algo essencial para quem deseja liderar um projeto de recuperação do estado.
2. União de Lideranças Históricas e Novas Forças
A aliança com José Agripino, Álvaro Dias e Alisson Bezerra representa a convergência de forças políticas distintas:
• José Agripino Maia: Apesar de ser uma liderança tradicional, Agripino ainda possui grande influência no interior do estado e mantém uma base leal.
• Álvaro Dias: Prefeito de Natal, com alta aprovação, representa a força municipalista e agrega legitimidade à articulação.
• Alisson Bezerra: Como jovem liderança em Mossoró, Alisson traz renovação e acesso a um eleitorado mais jovem e insatisfeito com a política tradicional.
3. Insatisfação com Lula e Fátima Bezerra
O descontentamento com a gestão Lula, marcado por crises econômicas, desgaste ético e falta de reformas estruturais, afeta diretamente a governadora Fátima Bezerra, que sofre com:
• Gestão Fragilizada: Problemas na saúde, segurança e educação no RN aumentam a rejeição de Fátima.
• Dificuldades de Articulação: A governadora enfrenta dificuldades em manter apoio consistente, o que abre espaço para figuras da própria base migrarem para um projeto alternativo.
4. Inclusão de Insatisfeitos da Centro-Esquerda
A abertura para insatisfeitos da centro-esquerda pode ser um diferencial estratégico. Muitos desses atores estão em busca de:
• Abrigo em Projetos de Centro: Políticos que não querem romper drasticamente com suas bases, mas que também não concordam com o governo de Fátima, podem ver na liderança de Marinho uma alternativa viável.
• Diálogo Programático: Marinho poderia atrair esses setores com pautas como desenvolvimento econômico, infraestrutura e modernização do estado, que transcendem o espectro ideológico.
5. Proposta de “Ressuscitar” o RN
O eixo central dessa aliança seria um discurso focado no resgate do RN, com as seguintes diretrizes:
• Infraestrutura: Retomada de grandes obras que promovam a geração de emprego e renda, algo que Marinho já demonstrou capacidade de realizar.
• Gestão Pública Eficiente: Um contraste direto com a atual gestão estadual, propondo modernização administrativa e combate à ineficiência.
• Apoio ao Setor Produtivo: Incentivos à agricultura, indústria e turismo, que são pilares da economia potiguar.
Desafios
• Unificação do Discurso: Garantir que lideranças de origens tão distintas mantenham coesão e não disputem protagonismo.
• Superação do Antagonismo: Atrair a centro-esquerda pode gerar resistência em setores mais conservadores da base de Marinho.
• Reação dos Adversários: Fátima Bezerra e o PT, com sua base sindical e movimentos sociais, devem reagir fortemente a essa articulação.
Conclusão
A liderança de Rogério Marinho na formação de uma ampla aliança política no RN, reunindo nomes de peso como José Agripino, Álvaro Dias e Alisson Bezerra, além de insatisfeitos com o governo Lula e Fátima Bezerra, é uma estratégia ousada, mas com grande potencial de sucesso. Essa coalizão, se bem articulada, pode não apenas “ressuscitar” o RN, mas também se tornar uma referência nacional de superação política em tempos de crise.
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Redação Blog Du Souto