FBI - Cidadão brasileiro é incluído em lista de terroristas globais pelos Estados Unidos

Ciro Daniel Amorim Ferreira é acusado de liderar grupo que promove supremacia branca e ataques terroristas em diversos países

O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou hoje a inclusão de Ciro Daniel Amorim Ferreira, cidadão brasileiro residente no Brasil, na lista de Terroristas Globais Especialmente Designados (SDGT, na sigla em inglês). A medida foi tomada com base na Ordem Executiva 13224 e busca combater a atuação transnacional do grupo Terrorgram Collective.

Ferreira, apontado como administrador de um canal do grupo na plataforma Telegram, é acusado de promover o extremismo violento motivado por questões raciais e étnicas, além de encorajar ataques contra alvos considerados adversários.

“O Terrorgram Collective está sendo designado por ter cometido ou tentado cometer, representar um risco significativo de cometer, ou ter participado de treinamento para cometer atos de terrorismo que ameaçam a segurança de cidadãos dos Estados Unidos ou a segurança nacional, política externa ou economia dos Estados Unidos”, diz o órgão estatal norte-americano, citando o brasileiro como um dos líderes da organização.

O grupo tem sido relacionado a incidentes como o tiroteio em um bar LGBT+ na Eslováquia, em outubro de 2022, e um ataque planejado contra instalações de energia em Nova Jersey, em julho de 2024. Em setembro de 2024, dois líderes do grupo nos Estados Unidos foram indiciados por crimes de ódio, conspiração para assassinato de funcionários federais e apoio a atividades terroristas.

Além de Ferreira, dois outros líderes do Terrorgram foram designados como terroristas globais: Noah Licul, de nacionalidade croata, e Hendrik-Wahl Muller, sul-africano. Segundo o governo norte-americano, essas designações têm o objetivo de expor e isolar os envolvidos, além de impedir que utilizem o sistema financeiro dos EUA para financiar suas atividades.

Os bens e interesses em propriedades dos designados que estão sob jurisdição dos EUA estão bloqueados, e transações de cidadãos americanos com essas pessoas estão proibidas. As designações também podem auxiliar autoridades de outros países em investigações e ações contra o terrorismo.

“A ameaça de extremismo violento motivado por questões raciais ou étnicas continua sendo uma preocupação central dos Estados Unidos, que permanecem comprometidos em combater componentes transnacionais do supremacismo branco violento”, declarou o Departamento de Estado.

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