Ex-presidente, que está inelegível, voltou a se dizer candidato a presidente e afirmou que Tarcísio, que estava junto com ele, disputará a reeleição em São Paulo
Jair Bolsonaro em evento na Expo Norte, na capital paulista. | 📷 Daniel Teixeira/EstadãoO ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira, 11, que a esquerda brasileira daria o exemplo se apoiasse a anistia aos presos e condenados pelos atos de 8 de Janeiro de 2023, quando centenas de pessoas invadiram prédios públicos na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
A declaração de Bolsonaro, no Salão Motopeças, em São Paulo, ocorreu ao ser questionado em coletiva de imprensa sobre a revisão de casos de anistia envolvendo militares durante a ditadura no Brasil, que entrará na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele fez uma comparação entre os dois casos.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira, 11, que a esquerda brasileira daria o exemplo se apoiasse a anistia aos presos e condenados pelos atos de 8 de Janeiro de 2023, quando centenas de pessoas invadiram prédios públicos na Praça dos Três Poderes, em… pic.twitter.com/7cTT3H3l5N
— Política Estadão (@EstadaoPolitica) March 11, 2025
“Esquerda daria exemplo se apoiasse a anistia a esses pobres coitados, que as mães, avós estão com as mãos pra cima e eles não cometeram nenhum crime”, afirmou o ex-presidente.
Bolsonaro, que está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse que “por enquanto, é candidato”. Ao ser questionado se ele ou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) seria candidato, ele reforçou: “Nós dois seremos. Ele à reeleição e eu a presidente.”
O ex-presidente afirmou que se ele não aparecer como candidato (na cédula) seria “uma negação à política”. Ao ser questionado se tem recebido conselhos para anunciar logo um sucessor na direita, reagiu; “Conselho é uma coisa que você dá e o outro recebe se quiser. Por enquanto, eu sou candidato pois, como eu disse, é uma negação a democracia (não ter esse direito)”.
Bolsonaro ainda elogiou Tarcísio, mas afirmou que tem mais experiência para comandar o País. “Tarcísio é um tremendo gestor. Só tenho elogios para falar para ele. Ele sabe que é um pouco mais novo que eu, 20 anos mais novo, eu tenho uma experiência lá que não é fácil. Você assumir um cargo de Executivo do Brasil e fazer seu secretariado seu ministério sem interferência política”, completou.
Por Heitor Mazzoco/Estadão