Lula faz política como abutres sobrevoam suas carniças. Que coisa pavorosa.
É verdade: “nada está tão ruim que não possa piorar”. Ou: nada do que já disse Lula é tão ruim que não pode ser ainda pior. A metamorfose ambulante, conforme o próprio já se definiu, pois muda de opinião sobre o que lhe interessa como quem muda de roupa íntima todas as manhãs, consegue superar a si mesmo quando baixeza e desonestidade intelectuais entram em campo.
Desde a nova invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022, o presidente brasileiro se alinhou ao tirano invasor Vladimir Putin. Nada surpreendente, é claro. Lula, historicamente, se alinha a ditadores e ditaduras mundo afora. Os exemplos abundam: Mahmoud Ahmadinejad, do Irã; Muammar Al Gaddafi, da Líbia; irmãos Castro, de Cuba; Daniel Ortega, da Nicarágua; Hugo Chávez e Nicolás Maduro, da Venezuela; sem falar nos gracejos que faz a Recep Erdogan, da Turquia, e Xi Jinping, da China.
Lula já deu declarações para lá de infelizes sobre o conflito entre russos e ucranianos, sempre em desfavor do país invadido. Em maio de 2022, declarou: “Às vezes fico vendo o presidente da Ucrânia na televisão como se estivesse festejando, sendo aplaudido em pé por todos os parlamentos, sabe? Esse cara é tão responsável quanto o Putin“, afirmou à jornalista Ciara Nugent, da revista americana Time. E continuou.
Canalhice intelectual em grau máximo
“Eu não conheço o presidente da Ucrânia. Agora, o comportamento dele é um comportamento um pouco esquisito, porque parece que ele faz parte de um espetáculo. Ou seja, ele aparece na televisão de manhã, de tarde, de noite, aparece no parlamento inglês, no parlamento alemão, no parlamento francês como se estivesse fazendo uma campanha. Era preciso que ele estivesse mais preocupado com a mesa de negociação“. Por fim, afirmou que Zelensky quis a guerra.
Depois, em 30 de janeiro de 2023, em Brasília, ao lado do chanceler alemão Olaf Scholz, reafirmou sua posição: “Esse cara é tão responsável quanto Putin pela guerra. Porque na guerra não há apenas uma pessoa culpada”, para concluir: “Quando um não quer, dois não brigam”, como se restasse alternativa ao presidente ucraniano e a seu povo senão defenderem a si mesmos e seu país.
No sábado, 29, no Vietnã, voltou a comentar: “Essa semana tem um telefonema do Zelensky para mim. Eu vou conversar com o Zelensky. Eu espero que agora ele esteja preocupado com a paz, porque até então ele não estava. Até então, ele achava que o Putin tinha que aceitar o acordo do jeito que ele queria. E não é assim. Ninguém é o senhor da razão que pode impor sua vontade aos outros. Se os dois estiverem dispostos a negociar, será muito melhor para Ucrânia, muito melhor para Rússia, muito melhor para Europa e muito melhor para o mundo.”
É infame, indecorosa, covarde, canalha – mais uma vez! – a afirmação do chefão petista. Acusar Volodymyr Zelensky de não estar preocupado com a paz, quando milhares de ucranianos são mortos e seu país é destruído pela tirania Putin, beira a mais abjeta pobreza de espírito e pensamento. Lula faz política como abutres sobrevoam suas carniças. Que coisa pavorosa.