O professor utilizava de sua posição para tocar as partes íntimas das alunas, assim como as fotografava em diferentes situações durante as aulas
O professor Claudeci Amaral Maciel, de 59 anos, da Rede Municipal de Ensino de Apuí (município distante 453 quilômetros de Manaus), preso na quinta-feira (10), foi apresentado nesta segunda-feira (14) ao Poder Judiciário. Ele é investigado pelo crime de estupro de vulnerável praticado contra alunas da escola onde lecionava. Cinco vítimas relataram terem sofrido o abuso.
De acordo com as informações do delegado Wellington Militão, da 71° Delegacia Interativa de Polícia (Dip) de Apuí, o professor se utilizava de sua posição de autoridade educacional para tocar as partes íntimas das alunas, era invasivo, assim como as fotografava em diferentes situações durante as aulas.
Após receberem as denúncias, o Conselho Tutelar, daquele município, entrou em contato com a Polícia Civil, denunciando que pelo menos cinco vítimas haviam relatado os abusos por parte do professor. A partir das informações iniciais, deram início às investigações e representaram pela prisão preventiva e mandado de busca e apreensão em nome do investigado. A prisão de Claudeci, no entanto, foi realizada na escola em que lecionava.
Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, foram apreendidos um notebook, um pendrive e um celular. Os materiais serão periciados com a finalidade de apurar se há a existência de conteúdos de pornografia infantil. Foram identificados indícios que o autor já praticava o crime há alguns anos e há a suspeita de outras vítimas.
"O autor agia há um longo período e pedimos que responsáveis ou alunos que sofreram qualquer tipo de abuso por parte dele procurem a delegacia ou o Conselho Tutelar do município para fazer a denúncia. Isso é importante para a investigação e também uma forma de evitar que outras crianças e adolescentes passem pela mesma situação", concluiu o delegado.
Claudeci Amaral Maciel responderá pelo crime de estupro de vulnerável. Ele passará por audiência de custódia e ficará à disposição do Poder Judiciário.